Desde muito tempo, as diferentes civilizações não só vivenciam a
experiência musical como também elaboram métodos e teorias capazes de
padronizar um modo de se compor e pensar o universo musical.
Na Grécia Antiga,
já observamos formas de registro e concepção das peças musicais através
de sistemas que empregavam as letras do alfabeto grego. Ao longo do
tempo, várias foram as tentativas de sistematização interessadas em formular um
modo de se representar e divulgar as peças musicais.
Para resolver essa questão, o monge Guido
aproveitou de um hino cantado em louvor a São João Batista. Em suas estrofes
eram cantados os seguintes versos em latim: “Ut quant laxis / Resonare fibris /
Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte
Iohannes”. Traduzindo para nossa língua, a canção faz a seguinte homenagem ao
santo católico: “Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar
/ Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São
João”. Mas qual a relação da música com as notas musicais hoje conhecidas?
Observando as iniciais de cada um dos
versos dispostos na versão em latim, o monge criou a grande maioria das notas
musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram convencionadas como “ut”,
“ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”. O “si” foi obtido da junção das inicias
de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção que inspirou Guido de Arezzo. Já
o “dó” foi somente adotado no século XVII, quando uma revisão do sistema
concebido originalmente acabou sendo convencionada.
Fonte: Brasil Escola
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