A pesquisa, de modo geral, é em sua essência uma coleta de informações que visa produzir resultados de novas informações e novos conhecimentos a partir da análise, desconstrução e reconstrução desses mesmos conhecimentos.
Com a expansão do acesso e uso da internet, que em termos gerais
tende a ser benéfica, há aqueles estudantes que utilizam dos trabalhos,
artigos e textos encontrados na web não para se orientarem ou tomarem
ciência do conteúdo de determinado tema exposto em sala de aula, mas
utilizam do expediente do plágio para copiar textos ou excertos de
documentos que são impressos e entregues ao professor como sendo de sua
autoria.
É perceptível o aumento de queixas de professores, principalmente do Ensino Médio e Superior, sobre pesquisas escolares copiadas na íntegra
ou parcialmente, passando a ideia de que a internet vem reforçar uma
cultura de copiar e colar que até então era feita de forma rudimentar. O
que de fato ocorre é que os trabalhos copiados eletronicamente são, de
forma geral, bem mais ricos em termos de informação, conteúdo e imagens,
com um custo relativamente menor.
Conforme sustentam alguns estudiosos do assunto, as pesquisas
escolares apresentadas como simples cópias de textos têm origem em uma
série de fatores ligados diretamente à atuação do professor, dentre as
quais destacamos:
- Falta de planejamento pedagógico do professor
- Maior clareza dos procedimentos para executar uma pesquisa
- Maior disposição dos professores em orientar os alunos para uma produção analítica e crítica do trabalho escolar
- A pesquisa escolar é um processo, onde o aluno precisa ser
assistido, orientado, apoiado e não apenas avaliado depois de finalizado
o trabalho.
Sendo assim, a origem do problema da metodologia de copiar e colar
empregada pelos alunos não está em uma “falha de caráter dos alunos”, na
sua “preguiça de ler e resumir” ou na “facilidade com que se pode
copiar e colar textos inteiros ou excertos e imagens da Internet”, mas
sim na incapacidade do professor de propor, apoiar, acompanhar e
participar com o aluno de pesquisas onde a cópia pura e simples não
atenda aos requisitos previamente definidos na tarefa.
O certo é que nesse processo, o aluno é a pessoa mais prejudicada
pelo plágio, pois acaba perdendo não só o direito de aprender o conteúdo
do tema, mas também da forma utilizada para produzir tal conhecimento.
A questão do plágio escolar é um problema que deve ser enfrentado,
pois os alunos estão utilizando desse expediente fraudulento cada vez
mais cedo e a punição é branda, chegando ao máximo a ter seu trabalho
escolar anulado e não havendo qualquer outro tipo de pena mais severa
para intimidar essa prática que vem sendo muito disseminada.
O plágio vai contra a ética e a moral, e o único perdedor nessa
história é o aluno, que deixa de aprender ao ter esse tipo de atitude. É
certo que a educação pública brasileira vai “mal das pernas”, mas não é
possível aceitar a desonestidade. Claro que há limitações para a
construção de qualquer trabalho escolar/científico, desde o mais
simples, e, a priori, os alunos são capazes de contribuir com o
seu conhecimento. Todavia, para desempenho de tal função é preciso que
os estudantes sigam normas, e os textos de outros autores pode e deve
servir de base para a construção do trabalho, o que não deve acontecer
são copias dos textos e trabalhos.
Fonte: Brasil Escola
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